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Austin surge no cenário da discussão sobre a linguagem num momento histórico preciso e será o porta-voz de todo um processo histórico da filosofia contemporânea ao revolucionar não só a filosofia analítica naquele momento, como também a lingüística enquanto ciência autônoma. Neste artigo, questiono o caminho e a supremacia do positivismo lógico nos estudos da linguagem, procurando analisar qual é o papel de Austin, neste processo, através da discussão dos conceitos de performativo, de ato de fala, de uptake e de ilocucionário que estão vinculados na sua obra de modo muito especial. Parto da hipótese de que Austin é um "desconstrutor". Denomino sua abordagem da linguagem de "visão performativa", pelo fato de haver nas suas reflexões um espaço conflitante que põe em discussão as fronteiras entre a filosofia e a lingüística nos estudos da linguagem.