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O artigo apresenta um panorama dos principais contornos do mundo do trabalho no Brasil nos anos 1990. Denominamos esse período de "década neoliberal". Salientamos o desenvolvimento de um novo complexo de reestruturação produtiva e seu momento predominante (o toyotismo), o surgimento de um novo (e precário) mundo do trabalho e o advento da crise do sindicalismo, considerada expressão contingente da fragmentação da classe trabalhadora. Concluímos que hoje, mais do que nunca, o maior desafio do sindicalismo no Brasil na virada para o século XXI é romper com o viés burocrático-corporativo, organizar e mobilizar um contingente massivo de jovens operários e operárias, empregados e empregadas e, inclusive, trabalhadores por conta própria precarizados ou explorados pelo capital. Utilizarmos, numa perspectiva crítica, dados empíricos de livros e ensaios de pesquisadores da área de economia e da sociologia industrial e do trabalho no Brasil apresentados no decorrer da década passada.