Diaz Maria Dolores M.
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Este artigo analisa as desigualdades socioeconômicas na área da saúde no Brasil, por meio da mensuração de índice de concentração para a variável autoavaliação do estado de saúde. Utilizou-se a base de dados originada pela Pesquisa Domiciliar sobre Padrões de Vida - PPV - realizada pelo IBGE no período de março/1996 a março/1997, em convênio com o Banco Mundial. Entre os principais resultados, deve-se destacar a constatação de que existem diferenças estatisticamente significativas entre índices calculados a partir de distintas variáveis caracterizadoras do nível socioeconômico dos indivíduos. Neste caso, em particular, os indicadores calculados a partir da classificação baseada na variável renda indicou, sistematicamente, a presença de desigualdades na saúde ligeiramente superiores àquelas identificadas a partir da utilização das despesas familiares. Constatou-se, ainda, que os resultados obtidos são bastante robustos em relação às distintas ponderações utilizadas na construção das escalas de equivalência entre os indivíduos. Todas as simulações realizadas revelaram a presença de desigualdades que favorecem os indivíduos pertencentes às camadas mais elevadas das escalas socioeconômicas adotadas.