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A divergência genética dos genitores é essencial para que produzam populações segregantes em vários caracteres, ampliando as chances de seleção de genótipos superiores. O objetivo deste trabalho foi verificar se a distância de Mahalanobis (D²) classifica os genitores representados por cultivares/linhagens de feijoeiro adaptados à região sul de Minas Gerais e permite a escolha das combinações mais divergentes, em vários caracteres agronômicos. Dez características morfo-agronômicas foram utilizadas para o cálculo da distância de Mahalanobis (D²), a partir dos 12 cultivares/linhagens (Aporé, H-4-7, PF-9029975, CI-128, Carioca MG, CI-21, Carioca 300V, Ouro Negro, A-285 Rudá, ESAL 693, Pérola e IAC Carioca Aruã) avaliados em quatro épocas (inverno/97, águas 97/98, seca/98 e inverno/98). O delineamento foi realizado em blocos completos casualizados com três repetições. Verificou-se pelas análises das variâncias, que os cultivares/linhagens diferiram em todos os caracteres, bem como entre épocas. Observou-se, ainda, que a interação genótipos vs. épocas foi significativa para seis dos 10 caracteres. Constatou-se que os cultivares/linhagens foram mais contrastantes, tendo como referência a massa de cem sementes, número de dias para florescimento, porte e número de internódios. Contudo, a produção de grãos, apesar de ser muito importante, apresentou baixa contribuição para divergência, em virtude da falta de variabilidade entre os materiais estudados. As distâncias de Mahalanobis (D²) classificaram os cultivares/linhagens em dois grupos distintos. O grupo I foi formado por 'ESAL 693' e 'Ouro Negro', os mais divergentes nas quatro épocas, e o grupo II foi formado pelos cultivares/linhagens restantes (PF-9029975, A-285 Rudá, IAC Carioca Aruã, Carioca MG, CI-21, H-4-7, Pérola, CI-128, Carioca 300V e Aporé). Houve inconsistência nos agrupamentos nas quatro épocas. A distância de Mahalanobis (D²) permitiu a identificação de genitores divergentes. |
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