Las Cuencas de Madrid y Lisboa, actualmente relacionadas entre sí por el curso del rio Tajo, presentan registros sedimentarios bastante contínuos durante el Neógeno. El Neógeno de la Cuenca de Lisboa está constituido en Lisboa por una sucesión de aproximadamente 300 m de sedimentos en facies esencialmente marinas aunque con frecuentes intercalaciones continentales a lo largo de su historia evolutiva. No obstante, en áreas muy próximas (Peninsula de Setúbal) el espesor del Neógeno llega a alcanzar los 1200 m, tal como ponen de manifiesto los sondeos profundos en esta área. La Cuenca de Madrid, por su parte, presenta un registro neógeno con más de 600 m de potencia de sedimentos, todos ellos en facies continentales; dicho registro evidencia una serie de discontinuidades estratigráficas que definen una cierta complejidad en el relleno sedimentario de esta cuenca. El presente trabajo tiene como objetivo la correlación del Neógeno de ambas cuencas, para lo que se adopta como base metodológica la comparación entre los episodios evolutivos reconocibles durante ese periodo; dichos episodios quedan definidos en base a las rupturas sedimentarias y ciclos deposicionales que estas rupturas delimitan. La correlación obtenida puede estimarse como bastante ajustada. Se han delimitado un total de siete rupturas de orden mayor, la mayor parte de ellas con buena representación en las dos cuencas. Su equivalencia cronoestratigráfica ha sido fundamentalmente establecida a partir de las faunas de Mamíferos presentes en ambas áreas. Las rupturas distinguidas son las siguientes: a) Ruptura Intra-Aquitaniense, b) Ruptura Intra-Burdigaliense medio, c) Ruptura Intra-Aragoniense medio, d) Ruptura Intra-Aragoniense superior, e) Ruptura Intra-Vallesiense, f) Ruptura Intra-Plioceno inferior, g) Ruptura Intra-Plioceno superior. En la mayor parte de los casos, estas rupturas muestran a su vez un buen ajuste con las discontinuidades sedimentarias observadas a un mayor nivel regional y/o global.
The Madrid and Lisboa basins, presently related by the Tagus river, show relatively continuous sedimentary records all along the Neogene. In Lisboa, the neogene basin is filled up by a succession of approximately 300 m of essentially marine sediments, although several continental intercalations occurred during its evolutionary period. Nevertheless in nearby areas (Setúbal peninsule) the Neogene layers can reach 1200 metres, as shown by deep drillings in that area. On the other hand, the Neogene sediments of the Madrid basin reaches 600 m in thickness; all are of continental facies. This record presents a series of stratigraphic unconformities that show a certain complexity in the sedimentary filling of this basin.
The aim of the present work is to show the neogene correlation between both basins. Therefore, our method consists in comparing the evolutionary recognizable episodes during that period. These episodes will be characterized according to the sedimentary ruptures as well as the depositional cycles that these ruptures define. The resulting correlation can be considered as accurate. A total of seven major ruptures have been defined, most of them with a good representation in both basins. Their chronostratigraphical equivalence has been established mainly from the mammal faunas present in both areas. We have found the following ruptures: a) Intra-Aquitanian rupture, b) Intra-Middle Burdigalian rupture, c) Intra-Middle Aragonian rupture, d) Intra-Upper Aragonian rupture, e) Intra-Vallesian rupture, f) Intra-Lower Pliocene rupture, g) Intra-Upper Pliocene rupture. In most cases, these ruptures adjust quite well to the sedimentary unconformities observed on a larger regional or/and global scale.
As bacias de Madrid e de Lisboa, ou do Alto e Baixo Tejo, actualmente relacionadas pelo curso do rio Tejo, apresentam registos sedimentares bastante contínuos durante o Neogénico. O Neogénico é constituido em Lisboa por uma sucessáo de, aproximadamente, 300 m de sedimentos essencialmente de fácies marinhas, embora com frequentes intercalaçóes continentais no decurso da sua história evolutiva. Náo obstante, a espessura do Neogénico chega a atingir 1200 m em áreas próximas (Península de Setúbal), como se verificou em sondagens profundas. A bacia de Madrid, por outro lado, apresenta um registo neogénico com mais de 600 m de espessura de sedimentos,
todos de facies continental; este registo póe em evidencia uma série de descontinuidades estratigráficas que realçam a complexidade do enchimento sedimentar da bacia. Este trabalho tem por objectivo correlacionar o Neogénico de ambas as bacias, para o que se adopta, como base metodológica, a comparaçáo entre os episódios evolutivos reconhecíveis correspondentes ao período em causa; tais episódios ficam definidos na base das rupturas sedimentares e ciclos de deposiçáo que aquelas rupturas delimitam. A correlaçáo obtida pode admitirse como bastante ajustada. Foram delimitadas, no total, sete rupturas de ordem maior, na maioria bem representadas em ambas as bacias; a respectiva equivalencia cronostratigráfica foi estabelecida, fundamentalmente, a partir das faunas de mamíferos aí representadas. Sáo as seguintes, as rupturas citadas: a) R. intra-Aquitaniano, b) R. intra-Burdigaliano médio, c) R. intra-Aragoniano médio, d) R. intra-Aragoniano superior, e) R. intra-Vallesiano, f) R. intra-Pliocénico inferior, g) R. intra-Pliocénico superior. Na maioria dos casos, estas rupturas mostram, por sua vez, bom ajustamento com as descontinuidades sedimentares observadas ao mais alto nível regional e/ou global.
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